"In The Entrepreneurial Society, award-winning economist David B. Audretsch identifies the positive, proactive response to globalization: The Entrepreneurial Society, where change is the rule and routine work is inevitably outsourced.
Under the managed economy of the cold war era, government policies around the world supported big business, while small business was deemed irrelevant and largely ignored. The author documents the fundamental policy revolution currently underway.
As communities shift support to technology and knowledge-based entrepreneurship, the resulting startups have emerged as the driving force for economic growth and job creation. Universities have moved from the economic sidelines to a highly valued seedbed of new ideas with the potential to create not just breathtaking new ventures but also entire new industries.
By understanding and managing the shift from the managed economy to The Entrepreneurial Society, individuals, businesses, universities, and communities can learn how to proactively harness the opportunities afforded by globalization.
Welcome to The Entrepreneurial Society."
2007-05-30
A sociedade empreendedora
Domingos Amaral
Casa das Letras, 2006
"Uma história de amor em tempo de Guerra. Lisboa, 1941. Memórias de um espião numa cidade cheia de luz e sombras. Numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial, os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários, actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância. Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância. Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade. Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam «enquanto Salazar dormia», como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40."
Por Vasco Eiriz
Empreender com fé
Professores empreendedores
As aventuras da AESE
W. C. Bogner; P. Bansal
Journal of Management Studies, 44(1), Janeiro 2007
By deconstructing some of the key elements of the resource-based view and the knowledge-based view of the firm, we suggest that there are three components to knowledge management systems that influence firm performance: the firm's ability to produce new knowledge, its ability to build on that knowledge, and its effectiveness in capturing a high proportion of the subsequent spin-offs. Using regression analysis to analyse data from 30,022 patent records from 42 firms, we find that a firm's growth rate is positively associated with its ability to generate rare and valuable knowledge, and to build on that knowledge.
2007-05-21
Episódios da vida académica 24

Em conversa telefónica com um colega doutra universidade, ele dá-me a entender que está com muita pressa: "Estou em cima de uma reunião sobre Erasmus, eu lhe ligo sexta-feira". Fico pensativo. Em cima de uma reunião!? E o que significará estar por baixo duma reunião? Mais perplexo fico ao verificar que enquanto escrevo estas linhas eu estou literalmente no meio duma reunião. Qual Kama Sutra das reuniões, qual será afinal a melhor posição a adoptar perante uma reunião? E quando as reuniões deixam de ser um fórum para discussão e resolução de problemas e se tornam num ritual periódico, inconsequente e vazio de significado? Porque existe tanta propensão para reunirmos por tudo e por nada, sem que exista matéria que o justifique? O que nos faz ser visceralmente não pontuais quando temos uma reunião marcada a hora certa? E porque se arrasta indefinidamente a duração de imensas reuniões?
2007-05-18
Clínica Geral
Por José Figueiredo
A saúde ganhou uma maior relevância ao longo dos últimos anos, não porque anteriormente fosse irrelevante, mas porque a saúde está cada vez mais cara e os orçamentos dos Estados e dos particulares não são elásticos. Associado a isso, cada um de nós dá cada vez mais importância à nossa saúde, e à de todos os que estão á nossa volta, incluindo-se também os animais lá de casa!
A Constituição da República Portuguesa explicita o que é em termos gerais, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), no seu artigo 64º, “serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito”. Este ditame, apesar de incontornável, tem vindo a ser avaliado, sobretudo por Juristas, como sendo um conceito elástico. Isto é, o termo “tendencialmente” serve para, por exemplo, o referido SNS não cobrir os custos dentários, apesar da saúde oral ser fundamental para uma população saudável.
Observámos também recentemente, ao alargamento do conceito de “taxa moderadora”, que inicialmente seria para “moderar” determinada utilização ou consumo de serviços ou produtos, e que agora serve também para “moderar” a presença de doentes em situação de internamento hospitalar. Como se alguém gostasse de permanecer, por prazer ou distracção, na cama de um hospital, e precisasse de ser moderado!
Mas, o fulcro da questão está na exequibilidade do preceito constitucional. Isto é, o mito da vida eterna e da beleza absoluta é compatível com uma quase gratuitidade da saúde? Nós pensamos que não. A classe dirigente do país também já pensa que não, mas tem receio de o afirmar publicamente.
Depois, há outro aspecto que é hoje já demasiado real e concreto, os cidadãos suportam do seu bolso, mais de um terço das despesas totais de saúde. Ou seja, independentemente dos impostos que esses cidadãos pagam para suportar o SNS, esses mesmos cidadãos ainda suportam custos de saúde pessoais. Será esta atitude exclusiva das classes mais elevadas do país? Pensamos que não. Por ineficácia ou inexistência de meios do SNS, os cidadãos recorrem a meios próprios (em regiões fronteiriças, este é já um recurso habitual).
Este é um tema inesgotável, sobretudo à medida que a pressão inflacionária dos custos médicos (muito superior à inflação média) e a maior exigência por parte dos cidadãos, vai tornando insuportável a “gratuitidade” do SNS. O esforço do XVII Governo Constitucional, quanto à racionalidade económica do SNS tem sido imenso. Contudo, a racionalidade económica como nós a entendemos no meio empresarial, não passa apenas por encerramento de serviços. A racionalidade tem que passar forçosamente pela reorganização de serviços e por um enfoque adicional em torno das necessidades dos cidadãos beneficiários do SNS.
E se a racionalidade económica tem sido um aspecto relevante, a comunicação com os cidadãos tem sido muito pobre, sobretudo numa época em que existem múltiplos canais de informação. E reorganizar serviços, sem cidadãos e colaboradores devidamente informados, pode deitar a perder toda a racionalidade económica.
José Figueiredo, autor da coluna Clínica Geral, é licenciado em Gestão de Empresas pelo ISCTE e pós-graduado em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa. Possui vasta experiência profissional em empresas de vários sectores. É docente do Instituto Politécnico de Santarém, consultor na Allcare Management e investigador de doutoramento em Ciências Empresariais na Universidade do Minho.
IMPLEMENTAR UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING
"Implementation involves two stages: the introductory stage and the growth stage. The Introductory Stage. When introducing a new product, you should (1) analyze present and future market situations, (2) fit the product to the market, and (3) evaluate your company's resources. Analyze Market Situations. This step determines the opportunities that lie in present and future market situations, as well as problems and adverse environmental trends that will affect your company. Because market size and growth are vital, potential growth rate should be forecast as accurately as possible. Fit Product to Market. You should design your products to fit the market and then find other markets that fit those products. A market niche too small to interest large companies may be available. For example, a small firm manufacturing truck springs found that its product was a standard item produced by larger competitors that benefited from economies of scale. Because price competition was so severe, management decided to specialize in springs for swimming pool diving boards. This change in product strategy proved to be highly profitable. Evaluate Company Resources. Your company's strengths, as well as its limitations, should be determined at each stage of the marketing process. Financial, cost, competitive, and timing pressures must be viewed realistically, and successes and failures need to be understood and regarded as important learning experiences. The Growth Stage. Once you begin to grow, you can adopt one of three strategies: (1) expand products to reach new classes of customers, (2) increase penetratoin in the existing target market, or (3) make no marketing innovations but try instead to hold you present market share by product design and manufacturing innovations. Expand Products to Reach New Markets. To reach new markets, you may add related products within the present product line, add products unrelated to the present line, find new applications in new markets for the firm's product, or add customized products, perhaps upgrading from low-quality to medium- or high-quality goods. This is diversification, or product line expansion, which tends to increase profits; contribute to long-range growth; stabilize production, employment, and payrolls; fill out a product line; and lower administrative overhead cost per unit. The major pitfall of diversification is that the firm may not have the resources to compete effectively outside its established market niche. But the advantages seem to outweigh the pitfalls in most cases. Increase Penetration of Present Market. You many want to increase the sales of existing products to existing customers. If so, you might reduce the number and variety of products and models to produce substantial operating economies. Make No Marketing Innovations. The strategy of retaining current marketing practices without trying to innovate may suit your company if its strength lies in its technical competence. It is often advisable for retail store owners to follow this strategy. Over the long term, a firm may follow one strategy for several years with the intent to change after certain marketing goals have been reached. But the change should occur if progress is desired."
Jouke van Dijk; Gunther Maier
"This article analyses participation in the annual European congresses of the Regional Science Association (ERSA) from 1998 through 2003. We formulate goals that the ERSA conferences should aim at and based on these aims we formulate hypotheses about conference participation. In the empirical part we test hypotheses with regard to the spatial distribution of the participants over countries, the distribution of the frequency of attendance among the participants, and the presence of distance decay in participation. All hypotheses are confirmed. We also pay attention to the relation between the frequency of attendance and distance. In the conclusions we derive implications for future conferences."
Por Vasco Eiriz
Fora de MacModa
Fora do mercado
Fora de horas
2007-05-09
Episódios da vida académica 23
Felizmente, ao contrário do que inicialmente poderia imaginar e do que é habitual, o seu problema não residia na indefinição ou escassez de objectivos de pesquisa. Antes pelo contrário, o seu problema (também ele uma virtude) foi inventariar um número porventura excessivo de objectivos que, no momento de efectuar escolhas mais precisas e operacionais, o deixaram indeciso sobre o que pretendia fazer. Alcançar todos os objectivos inicialmente definidos era pouco razoável para o período de tempo do projecto. Neste sentido, pode argumentar-se, existia alguma indefinição na formulação de um número restrito e consistente de objectivos que lhe permitissem trilhar um caminho seguro e com destino.
Foi por isso que lhe enviei uma carta, escrita no final do jantar. Nela sugeri três referências sobre metodologia para que ele não se sentisse completamente perdido com a descrição da metodologia que lhe recomendei elaborar. Pareceu-me ter chegado a altura dele desatar alguns nós e, como na nossa última conversa telefónica fiquei com a ideia de que lhe agradou a abordagem que lhe tinha anteriormente sugerido noutra conversa, então, caso ele atendesse à minha sugestão, as decisões metodológicas não poderiam ser mais adiadas.
No fim tudo correu como imaginei. Foi estudada a forma como uma rede de actores institucionais num sector industrial contribui ou pode contribuir para gerar e disseminar conhecimento no e sobre o sector. Uma das decisões que incontornavelmente tiveram que ser tomadas foi sobre a delimitação dessa rede a actores estritamente sectoriais como, por exemplo, centros tecnológicos e associações empresariais ou, como numa primeira leitura me pareceu fazer mais sentido, alargar essa rede a actores institucionais de fora do sector mas que com ele se relacionam como, por exemplo, universidades e várias entidades governamentais. Por isso mesmo "Case Study Research: Design and Methods" de Robert K. Yin (Sage Publications, 2003), "Learning from Case Studies" de Geoff Easton (Sage Publications, 1992) e "Qualitative Researching" de Jennifer Mason (Sage Publications, 2002) eram leituras introdutórias que recomendei na minha carta para desenhar a metodologia do estudo.
Gregoris Mentzas, Dimitris Apostolou, Kostas Kafentzis, Panos Georgolios
"Although companies are increasingly developing complex networks of connections with their partners and customers and shifting their focus towards expanding the knowledge management concept externally, research addressing the management of knowledge across organizational borders is rather sparse. Our aim in the present paper is to develop a typology of cross-organizational networks of information and knowledge flows. In order to arrive at such a typology we examine two issues. The first concerns the locus of control on the processes that enable knowledge flow. The second refers to the tradability of the streams of knowledge that flow among organizational entities. We examine four types of knowledge networks: “knowledge communities”, “knowledge chains”, “knowledge supplies” and “knowledge markets”. For each type of knowledge network, we examine its distinct characteristics, study related examples, consider the associated research challenges and analyze an indicative case."
Orhan Pamuk
Presença, 2000

"Em pleno século XVII, num mundo misto de fantástica sabedoria e de assustadora barbárie, um jovem estudante italiano viajava tranquilamente de Veneza para Nápoles quando foi capturado por piratas turcos. Após algumas voltas e reviravoltas do destino, torna-se escravo de um estranho cientista turco, conhecido como o Mestre. Este sábio, ávido pelo conhecimento científico e progressos intelectuais do Oeste, procura, recorrendo ao diferente saber do prisioneiro, conseguir o seu aperfeiçoamento intelectual e científico, e nos anos que se seguiram o escravo ensina ao Mestre o que ele aprendera no velho continente, da medicina à pirotecnia. Mas o Mestre, quer mais: quer saber o porquê de serem quem são e até que ponto, uma vez desvendados e trocados os seus mais íntimos segredos, as suas identidades não serão confundidas ou trocadas."
2007-05-04
EmpreenLer
Por Pedro Chagas Freitas
Acordei, hoje, com uma ideia bem definida: não falar mal de nenhuma pessoa. Terei, por isso, de falar mal do Cláudio Ramos.
E perguntar-me-ão os nobres leitores, nesta altura, duas coisas muito simples: 1. por que é que eu, depois de muita insistência da parte dela, acabei por aceitar passar uma noite com a Soraia Chaves? 2. por que raios é que, num texto sobre leitura, se vai falar no Cláudio Ramos?
Ora, meus amigos, se em relação à primeira pergunta a resposta é simples – “quando não há pão até migalhas vão”, lá diz o povo na sua velha e imensa sabedoria, e, neste caso, depois de a Sharon Stone me ter abandonado durante alguns dias fui obrigado a ceder às asfixiantes pressões da pobre da Soraia –, já no que concerne à segunda questão a resposta é mais complexa. Aliás, o próprio espécime em questão é complexo, uma vez que se torna complicado de discernir quando é que está a falar e quando é que está a cacarejar. Por vezes, imagine-se, fico com a impressão de que faz ambas em simultâneo. Enfim, loucuras, certamente, da minha parte.
Regressando ao tema em questão: fique a saber, caso ainda não saiba, que Cláudio Ramos tem obra publicada. E eu, sempre atento, resolvi comprá-la de imediato. Nunca se sabe quando haverá uma crise ao nível do papel higiénico – sempre fui da opinião de que papel assim tão fofo a preços tão acessíveis é bom demais para ser verdade – e gosto de estar sempre prevenido.
Ainda assim, num assomo de coragem só comparável à de todos aqueles que ousam enfrentar sem óculos de sol o reflexo provindo dos dentes do Paulo Portas, resolvi abrir o livro. E olhar, efectivamente, para o que lá estava. Foi então que senti que havia cometido um erro. Ou melhor: a editora havia cometido um erro. Optar por mais espaços ocupados com letras do que espaços em branco é pouco menos que imperdoável – todos sabemos os problemas, ao nível das manchas negras que deixa na pele das nádegas, que a tinta pode acarretar. Até porque, pelo facto de não estar colocado em rolo, o livro acaba por perder muito em relação à concorrência. Só depois de ter olhado para o nome da editora e não ter encontrado a palavra “Renova” é que percebi que quem sabe, sabe. E o Cláudio Ramos não sabe.
Pedro Chagas Freitas, autor da coluna EmpreenLer, escreve. Há alturas, porém, em que consegue arranjar tempo para viver. Felizmente para o bem-estar de quem o rodeia, esses momentos são cada vez mais raros. Mais informações em www.pedrochagasfreitas.pt.vu