2003-12-31

RIGOR NA JUSTIÇA. A deliciosa morena aproxima-se de um lago deserto, olha à sua volta para se certificar de que não havia ninguém por perto e tira toda a roupa. Quando se preparava para dar o primeiro mergulho, um guarda saiu de trás de uma árvore. "Desculpe, senhorita, mas é proibido nadar neste lago." A moça corou de vergonha. "E por que o senhor não me avisou antes de tirar a roupa?" "É... bem... – respondeu o guarda – É que não existe nenhuma lei que proiba tirar a roupa na beira do lago!"

2003-12-30

UNIVERSIDADES EMPREENDEDORAS. Nota-se que Joshua B. Powers, professor da Indiana State University, no seu artigo intitulado "R&D Funding Sources and University Technology Transfer: What Is Stimulating Universities to Be More Entrepreneurial?" não se refere às universidades portuguesas. Senão reparem: "In recent years, universities have become increasingly entrepreneurial as evidenced by their rapid escalation into technology transfer, the process by which university-developed technologies are commercialized. Stimulated in part by a favorable policy environment for patenting and licensing as well as increased competition for limited resources, university commercially oriented activities are nevertheless risky and controversial. Yet, it is unlikely this trend will be reversed, and hence research to inform its responsible practice is needed. This study investigates the effect of core R&D resources on university licensing to small and large companies, two important but distinct forms of licensing activity. Implications of the findings for policy and practice are offered." O artigo vai sair no número de Fevereiro de 2004 no peródico Research in Higher Education - Journal of the Association for Institutional Research.

SOCIOLOGIA EM CONGRESSO. A sociologia sempre foi uma boa fonte para muitas outras ciências sociais, incluindo a gestão. O congresso português de 2004, organizado pela Associação Portuguesa de Sociologia, tem lugar aqui na Universidade do Minho em meados de Maio que vem.

O MUNDO. Uma das leituras obrigatórias de fim de ano é a revista The World in 2004. Trata-se duma publicação anual, sob a chancela do The Economist, que constitui uma muito boa síntese do mundo em que vivemos e do mundo que nos espera no ano seguinte. Por dois modestos euros, a Vida Económica inclui a versão portuguesa, cuja tradução envergonha qualquer blogue. Mesmo assim vale a pena ler.

2003-12-29

MARCAS QUE LAVAM MAIS BRANCO. "A Europa é o mercado internacional que mais consome marcas próprias das grandes redes de distribuição, representando 22 por cento do total de vendas destes produtos, revelou um estudo da consultora ACNielsen. Com uma quota de 38 por cento, a Suíça é o país que atinge o maior consumo deste tipo de produtos". A notícia é desenvolvida pela Meios & Publicidade, tendo a Lusa como fonte. Qual será a percentagem em Portugal?

RETENÇÃO DE CLIENTES. Proposta de leitura: "Businesses competing in the internet economy are turning their attention and resources towards increasing the retention of their customers and users. This paper examines how customer retention can be achieved and which strategy best fits which business model. The authors based their analysis on theoretical reasoning and interviews with B2C executives. Their findings differentiate the most appropriate strategies for particular business models. For example, building customer trust and convenience are the most appropriate for commerce-based businesses while the offer of free services are better suited to content, context and connection business models." Esta é a síntese de "Customer retention management in the B2C electronic business" da autoria de BW Wirtz e N Lihotzky, artigo saído na Long Range Planning - International Journal of Strategic Management de Dezembro de 2003 (volume 36, número 6).

2003-12-24

Caso
BRAGA.COM.PT - O PORTAL DA CIDADE
Por Cristina Fernandes

Braga.com.pt – o portal da cidade é um "site" que permite obter informação actualizada sobre Braga, acontecimentos/eventos que se encontram a decorrer na cidade, diversa informação geral (p. Ex.: programação de TV, meteorologia, lista telefónica, farmácias de serviço em Braga, “recortes de notícias do Correio do Minho”, entre outros), e possibilita a publicação de comentários, opiniões e imagens, se respeitarem as regras definidas pela empresa.

A oferta da Braga.com.pt toma dois sentidos, nomeadamente um direccionado para a divulgação de informação e publicidade como fora mencionado no parágrafo anterior e outro no sentido de desenvolver soluções para a implementação de estratégias empresariais na internet.

Braga.com.pt identifica o seu mercado como sendo a população de Braga com acesso à internet. No entanto, considero esta identificação muito restrita, pois o seu mercado é mais abrangente. Senão veja-se, qualquer pessoa do mundo, que esteja conectado à internet pode, através de pesquisa, encontrar este "site", podendo ficar interessado em conhecer melhor Braga, e provavelmente passará a visitá-lo mais vezes e, até possivelmente, o interesse aumentará para turistas que pretendam visitar Braga – este é o grande contributo da internet para as empresas: alargar o mercado, eliminando fronteiras. Por outro lado, penso que as empresas de Braga que fazem divulgação de informação e “banners” publicitários pertencem também ao mercado da Braga.com.pt, pois pagam por estes serviços.

Ao nível da qualidade, originalidade e execução da ideia de negócio, estas estão presentes na forma como Braga.com.pt especifica e esclarece todos os procedimentos, quer para a divulgação de informação e nível de privacidade e protecção de dados, quer para colocação de “banners” publicitários e para registo no directório. Relativamente à divulgação de informação estabelecem-se regras de funcionamento e éticas: só é permitida a publicação de informações “que digam respeito a acontecimentos que têm lugar em Braga, e que sejam dirigidas ao público em geral”; “Braga.com.pt mantém acordos de colaboração com diversas entidades públicas e privadas de Braga”; “não são publicadas neste site, sob forma de texto, imagem, publicidade informações de carácter racista, pornográfico, segregador ou de qualquer tipo com o intuito explicito de ofensa”. Na privacidade e protecção de dados define-se: “os nomes dos autores dos textos publicados apenas serão revelados com o seu consentimento expresso”; “em hipótese alguma, os dados recolhidos são cedidos a terceiros sem que haja o consentimento expresso dos seus titulares”. No que toca a colocação de “banners” publicitários também são esclarecidos todos os procedimentos, mas de forma diferente e original. São colocadas as questões mais frequentes feitas pelos clientes e suas respectivas respostas, existindo portanto, um "feedback" no sentido: cliente – empresa e empresa – cliente, de forma a conseguir satisfazer melhor as necessidades do cliente. O mesmo acontece a nível de registo no directório que, apesar de gratuito, destina-se exclusivamente a empresas ou entidades do conselho de Braga cujos destinatários do seu produto ou serviço sejam consumidores finais. A facilidade com que é possível manter contacto, efectuar registos, comunicar um evento e expressar a opinião – fazendo comentários, dando uma opinião (onde, nesta última, a identificação é facultativa), é outro elemento identificador da qualidade, originalidade e execução da ideia de negócio. A execução da ideia está ainda relacionada com o descrito no Estatuto e Politica Editorial onde se identifica Braga.com.pt como "um portal politica e economicamente independente produzido e gerido pela Bragacom – Marketing e publicidade Via Internet Lda".

No que se refere a resultados potenciais estes são nítidos quando, ao clicar-se no directório do portal da cidade Braga.com.pt se verifica o grande leque de actividades económicas que apresenta e o número de empresas já registadas por actividade económica. Para reforçar a ideia de que de facto este portal tem, e terá, resultados, quando se procura o número de visitantes no "site" http://info.alexa.com/support/index.cgi verifica-se que no dia treze de Novembro de dois mil e três a audiência acumulada era de 669120 utilizadores.

No que respeita à identificação e protecção da concorrência foi difícil obter dados concretos. Após uma breve pesquisa no Google e uma tentativa de obter informações junto da própria Braga.com.pt através do e-mail: info@braga.com.pt, verificámos existirem apenas dois potenciais concorrentes/substitutos: www.novidades.com/braga e www.amvc.pt/Site/concelhos/braga/. Todavia, a informação divulgada nestes é mais geral podendo até afirmar que estes são "sub-sites" de sites mais globais. Como tal, foram feitos com outros objectivos, até porque, por exemplo, o segundo faz parte do "site" da Associação de Municípios do Vale do Cávado. Assim, para se proteger da concorrência, pressuponho que Braga.com.pt põe em prática algumas estratégias: cumpre com as regras de funcionamento definidas, não identifica os nomes dos autores dos textos publicados, mantém um relacionamento próximo com os clientes (nomeadamente possibilitando o expressar das suas opiniões, fornecendo todos os esclarecimentos que necessitem em relação ao serviço prestado e o facto de estar ligado através de "links" a outros "sites" como por exemplo, www.google.pt é também uma evidência deste relacionamento) e, por último, o facto de se especializar só na cidade de Braga permite-lhe ter uma qualidade superior em relação à “concorrência”.

A título de conclusão, o portal www.braga.com.pt apresenta-se como uma óptima ferramenta de consulta, fornecendo as mais diversas informações, de forma coerente e estruturada, sobre Braga e tudo que com ela se relaciona, facilitando portanto, apenas com um clique, a vida de quem necessita e procura informação sobre esta cidade.

Fontes: www.braga.com.pt; http://info.alexa.com/support/index.cgi ; www.novidades.com/braga; www.amvc.pt/Site/concelhos/braga/; www.google.pt; Monteiro, Artur; Fernandes, Cristina; Nunes Paula: “Avaliação de Sites na Internet”.

Cristina Fernandes é aluna da disciplina de Empreendedorismo da Licenciatura em Gestão da Universidade do Minho, no âmbito da qual elaborou este caso.

2003-12-23

DESAFIOS PARA O NEGÓCIO DO FUTEBOL. Eis síntese interessante, editada por Empreender, do artigo "Strategic challenges in the football business: a SPACE analysis" da autoria de John Cross e Steven Henderson publicado na Strategic Change (volume 12, número 8, pp. 409-420). "This paper reports on and analyses data from professional football clubs and uses SPACE analysis to generate strategic positions for individual clubs and a prognosis for the overall industry." O artigo advoga ainda que existe o paradoxo de que "success on the football field can have a deleterious effect on the strategic future of the club", o que é sempre uma esperança para não portistas. Depois conclui que "structure of the industry would not support reasonable business expectations and suggests that we are observing a corporate hobby rather than modern business activity", algo que não é de todo surpreendente.

JOGO DE ESTRATÉGIA DA L'ORÉAL. De acordo com o Semanário Económico "haverá 14 equipas nacionais a competir no L’Oréal e-Strat Challenge 4 a partir do próximo dia 12 de Janeiro, data a partir da qual se inicia a primeira ronda do jogo de gestão on-line. Apesar de se terem inscrito 123 formações portuguesas, a selecção efectuada apenas permitiu que 14 delas passassem realmente à competição." Atendedno a que só são seleccionadas 1000 equipas em todo o mundo, a participação portuguesa é encorajadora ficando, em número de equipas, claramente à frente de países como Holanda (nove equipas), Bélgica e Suíça (oito cada) e Áustria (uma equipa). Das 14 equipas, cinco são da Católica de Lisboa, três da Faculdade de Economia do Porto, a Nova e o ISCTE participam com duas cada, e a Autónoma de Lisaboa e a Católica do Porto avançam com uma cada. Para conhecer melhor o jogo poderá visitar L’Oréal e-Strat Challenge 4.

BANDA LARGA. Se assim fôr, a pretensão noticiada pelo suplemento Computadores do diário Público é relevante: "Cerca de 40 representantes dos principais actores do mercado - órgãos reguladores, operadores, fabricantes ou municípios - encontraram-se sob os auspícios da Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), no âmbito da Iniciativa Nacional para a Banda Larga (INBL), cujos objectivos visam colocar Portugal no grupo da frente de países europeus em 2005 e assegurar que metade dos agregados familiares e das empresas com mais de nove trabalhadores tenham acesso à Internet por banda larga, para além da totalidade dos organismo da administração pública." Já só falta um ano ou, no máximo dois anos. Empreender deseja ardentemente que a pretensão seja cumprida. Ficamos à espera.

2003-12-19

CUIDADO COM O BALÃO. O Chile tem motivos para estar preocupado. Não muito longe dos seus campos vinícolas, na Argentina, nos últimos cinco anos, o sector vinícola "has experienced the greatest growth in its history. Three factors account for this: a 106% increase in domestic Argentine consumption, an 800% rise in the volume of Argentine wine exports, and investments in the industry totaling $1.3 billion". Não deverá tardar muito para que também sobrem consequências para Portugal. Empreender ainda há dias experimentou um "chileno" adquirido em Espanha e pôde comprovar que o "novo mundo" está cheio de força.

REFORMAR A UNIVERSIDADE. Um "workshop" interessante intitulado Process of Reforms of the University across Europe vai ter lugar em Itália em Maio próximo. Um tema interessante para análise seria os planos de reforma da universidade portuguesa que não passam disso mesmo.

2003-12-18

JUIZO DE VALOR. Como parece que há por aí um congresso sobre justiça, aqui fica relato de um episódio. O advogado de defesa de um assassino interroga o médico legista durante o julgamento:
P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor checou a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor checou a respiração?
R: Não.
P: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
R: Não.
P: Como pode o senhor ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
P: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e exercendo Direito em algum lugar!!

UMA PONTE PARA A OUTRA MARGEM. Empreender é ingénuo. Pensava que o sistema fiscal poderia evoluir para uma situação de maior moralidade, mas a notícia de hoje de que a CE está fula com Portugal mostra que, afinal, a moralidade é só para alguns: "Bruxelas, que exige a alteração do IVA dos actuais cinco para 19 por cento, avança hoje o Jornal de Negócios. A Comissão Europeia terá notificado ontem o Governo português para que este clarifique o regime fiscal aplicado à concessionária Lusoponte para a cobrança das portagens. Portugal terá agora dois meses para esclarecer as autoridades comunitárias sobre o regime que aprovou na concessão das pontes do Tejo. Para Bruxelas, a taxa reduzida de cinco por cento aplicada ao serviço de portagens constitui uma "violação das regras comunitárias na matéria, em concreto, da sexta directiva do IVA"

MADE IN CHINA. Investir na China é tão "simples" como o relatado pelo Boston Consulting Group. As vantagens de custo rondam os 20-35 por cento, assegurando os mesmos níveis de qualidade. Em contrapartida, produzir lá é algo que não está ao alcance de qualquer empresa; requer tempo e há riscos elevados. As principais barreiras a ultrapassar estão relacionadas com os clientes ou com a força laboral.

LEGITIMAÇÃO. "Based on studies of several European business schools the book shows that the formation of the content of European business education is a complex issue that only can be understood if one goes beyond simple investigations of the curricula. Business schools are togheter with the consulting companies and the business press the core of a new management knowledge industry. In addition to producing knowledge, these institutions also provide legitimacy for managers and organizations that are using them. The role of the business shcools as legitimacy providers is not only based on the knowledge they provide, but also on different symbols of the schools, like mission statements, titles, prestige, and networking. In this book, the content and the symbols of the European business schools are seen as two interrelated entities." Este é a base de união de um conjunto de autores que, sob coordenação de Rolv Petter Amdam, Ragnhild Kvålshaugen e Eirinn Larsen, reflectem sobre a formação em gestão na Europa, numa colectânea intitulada Inside the Business Schools: The Content of European Business Education, saída neste ano de 2003 na Copenhagen Business School Press.

VALIDAR. O número de Fevereiro de 2004 do Journal of Business Research (volume 57, n.º 2) trata-se duma edição especial editada por B. L. Alford e B.T. Engelland dedicada a medidas de validação na pesquisa em marketing.

BRASIL AMBIENTAL. Acertadamente é possível que os esforços de protecção ambiental, mesmo gerando custos para as empresas, se tornem fonte de vantagem e não de desvantagem competitiva. Este é o argumento explorado por Knowledge@Wharton sobre os esforços que, nesta matéria, estão a ser feitos no Brasil.

MAPAS PARA A ESTRATÉGIA. Robert S. Kaplan e David P. Norton continuam a facturar e a fazer render o seu trabalho. Depois do "best-seller" Balanced Scorecard: Translating Strategy into Action e outras publicações que se lhe sucederam, sai agora na HBSP Strategy Maps: Converting Intangible Assets into Tangible Outcomes. "Using their ongoing research with hundreds of Balanced Scorecard adopters across the globe, the authors have created a powerful new tool--the "strategy map"--that enables companies to describe the links between intangible assets and value creation with a clarity and precision never before possible. Kaplan and Norton argue that the most critical aspect of strategy--implementing it in a way that ensures sustained value creation--depends on managing four key internal processes: operations, customer relationships, innovation, and regulatory and social processes. The authors show how companies can use strategy maps to link those processes to desired outcomes; evaluate, measure, and improve the processes most critical to success; and target investments in human, informational, and organizational capital."

2003-12-17

COMPETITIVIDADE REGIONAL. Um aspecto no catálogo de 2004 da Edward Elgar Publishing sobre "industrial economics" que salta de imediato à vista é o preço dos livros. Exorbitante! De outra forma seria também muito difícil editar livros como os apresentados, destacando-se, por exemplo, uma secção interessante de títulos sobre economia e gestão do conhecimento. Há, contudo, dois livros que gostaria aqui de destacar. Trata-se de From Industrial Districts to Local Development: An Itinerary of Research, de G. Becattini, M. Bellandi e G.D. Ottati, saído em 2003. "From Industrial Districts to Local Development introduces a set of papers representing the main contribution of the ‘Florence school’ to the recent literature on industrial districts. The authors illustrate that the revitalisation of the concept of industrial districts, returning to Alfred Marshall’s nineteenth-century writings, is rooted in an unconventional interpretation of the economic development of Tuscany after the Second World War. Models of industrial organisation and empirical investigation of industrial tendencies are featured, and Alfred Marshall’s concepts of the advantages of the geographical agglomeration of specialised small firms in industrial districts are reintroduced. The authors extend the analysis of purely economic effects of agglomeration, including social, cultural and institutional foundations of local development, and current case studies are presented." Dentro desta mesma área, uma perspectiva mais anglo-saxónica é proposta por B. Johansson, C. Karlsson e R. R. Stough, que editaram em 2002 o título Regional Policies And Comparative Advantage. "This book analyses the conception of economic development in modern regions, which has gone through a fundamental change since the early 1980s. Regions are today increasingly looked upon as independent market places that are connected via interregional and international trade and not as administrative units embodied in a national state. Two complementary theoretical frameworks explain the specialization of economic activity at the regional level. The traditional approach assumes that the comparative advantages of regions depend upon differences in the supply of lasting resources. In contrast the new complementary framework called the New Economic Geography, assumes that the dynamic interaction between geographical market potentials and rational firms in its own way creates the comparative advantage of regions. The contributors to this book examine the policy implications of the complementarity of the competing views in a variety of geographic and functional contexts. The first set of papers examines the effect of regional policy on firm locational decision-making. This leads to another set evaluating a variety of regional policy efforts. New and different methodological approaches are examined in another set of papers. The final part of the book focuses on new concepts."

2003-12-16

Caso
COFFE NEWS
Por Tânia Faria

Introdução. “A eficácia e a rentabilidade são as palavras - chave que qualquer empresário deve procurar quando faz publicidade da sua empresa. O meio onde anunciamos deverá possibilitar a informação sobre tudo aquilo que queremos oferecer aos nossos clientes, de um modo profissional, em que nada seja feito ao acaso” ( Jean Daum, Presidente do Coffe News). Neste caso prático procurara-se descrever com algum detalhe o produto Coffee News e abordar alguns pontos relacionados quer com a análise do mercado, quer com a originalidade, qualidade e potenciais resultados desse produto.

Descrição do Produto. O Coffee News nasceu em 1988 em Minnipeg, Manítoba (Canadá), tendo como criadora Jean Daum, uma especialista em publicidade, técnicas de superaprendizgem e subliminares que estimulam a curiosidade e a leitura. Trata-se de uma publicação / jornal semanal, distribuída gratuitamente em restaurantes, cafés, "snack-bares", e hotéis de diferentes países, com o objectivo de satisfazer as necessidades de publicidade dos pequenos negócios e empresas da localidade, concelho, cidade ou bairro. Está provado cientificamente que as mensagens publicitárias são mais absorvidas durante as refeições, devido a uma grande necessidade de estímulo mental. Assim, o Coffee News foi desenvolvido com o intuito de obter vantagens deste efeito. O conteúdo do jornal Coffee News é muito variado, incluindo notícias invulgares, histórias divertidas, citações, feitos surpreendentes, horóscopos, números da sorte, anúncios publicitários e muito mais. Pode ser caracterizado como uma publicação simples, divertida , que os clientes lêem no seu restaurante ou café preferido enquanto esperam pela refeição.

Implementação da ideia de negócio. O coffee News é caracterizado como um negócio de publicidade orientado para o local/comunidade, chegando a vários países, cerca de 28, através de uma rede de franchisados. A maioria dos franchisados não necessita de possuir qualquer tipo de experiência profissional prévia ou formação académica específica para começar a trabalhar. O pré-requisito essencial é o desejo de ser independente, para além de ser importante possuir alguma habilidade para as vendas. É um negócio que se inicia com um investimento bastante reduzido, sem haver necessidade de loja ou escritório, bastando adquirir uma licença/franquia. A coffee News Portugal garante ao franchisado a exclusividade de actuação numa determinada área e o valor de cada licença é definido tendo em conta o número de habitantes, restaurantes e cafés que essa área abrange. No máximo um franchisado pode acumular 20 licenças e a qualquer momento, mediante a autorização prévia da Coffee News, poderá vender ou trespassar a sua franquia.

Aos franchisados é disponibilizado um manual de operações completo que inclui informações sobre todos os procedimentos relativos à concepção e desenho de anúncios, gestão de clientes, gestão de listas de distribuição, e outros procedimentos .Este manual tem como finalidade ajudar o franchisado na composição dos anúncios, impressão do jornal e inserção de notícias locais. A principal tarefa do franchisado consiste na angariação de anunciantes, isto é, pessoas com pequenos negócios e pequenas empresas que pretendem publicitar o seu produto/ serviço no seu meio envolvente..

Análise do mercado. As edições do Jornal Coffee News têm como destinatários os leitores e anunciantes de uma determinada comunidade local, concelho, cidade ou bairro. A maioria dos anunciantes são pequenas empresas, ou pequenos negócios, com fraco poder económico, que procuram publicitar os seus serviços/produtos de uma forma barata e regular.

Não se conhece em Portugal qualquer conceito semelhante ao Coffee News, embora existam no país periódicos de distribuição gratuita. A protecção da concorrência é conseguida através dos direitos de autor e "copyright" que se aplicam em qualquer país. Isto é, se alguém tentar copiar as características do produto Coffee News será processado e forçado a desistir.

Esta ideia de negócio é de uma extrema qualidade e originalidade porque para os leitores trata-se apenas de um pequeno jornal divertido, distribuído no seu restaurante preferido, mas no entanto, os anunciantes têm 17 ajudas subliminares e psicológicas diferentes, incluídas nos seus anúncios, que aumentam a sua eficácia, e tudo isto a um preço moderado.

Resultados potenciais. O Coffee News é o negócio ideal para quem começa uma actividade, ou deseja complementar outra, com um investimento bastante moderado e alta rendibilidade, tornando-se um negócio atractivo e com tendência para aumentar o número de franchisados. Por outro lado, o Coffee News através do seu conteúdo, garante aos seus anunciantes resultados surpreendentes porque os seus leitores vão criar uma imagem extremamente agradável, positiva e familiar sobre a empresa dos anunciantes, gerando sentimentos de confiança, que poderão traduzir-se no futuro numa compra, ou seja, o leitor torna-se num potencial cliente.

Conclusão. O Coffe News é uma publicação que, segundo Jean Daum, possui quatro características que proporcionam eficácia e rentabilidade aos seus anunciantes, nomeadamente, simpatia e afecto, singularidade, repetição e localização. Resumidamente, simpatia porque sempre que se dá um tratamento personalizado a um cliente ele lembrar-se-á da empresa numa futura compra; singularidade porque o conteúdo do Coffee News desperta curiosidade e faz com que as pessoas facilmente o memorizem, incluindo os anúncios; repetição, porque sendo uma publicação regular alcança um lugar privilegiado na mente do consumidor; por último, localização (o lugar onde a publicação é lida) porque geralmente os restaurantes e cafés são os espaços onde as pessoas podem esquecer o seu quotidiano por 10 minutos, tempo este que é suficiente par ler uma edição do Coffee News.

Fontes: www.coffeenews.org e material gentilmente fornecido por Coffee News Braga, na pessoa de Tiago Magro, através de coffeenewsbraga@mail.pt.

Tânia Faria é aluna da disciplina de Empreendedorismo da Licenciatura em Gestão da Universidade do Minho, no âmbito da qual elaborou este caso. Próximo caso: Braga.com.pt.

2003-12-15

CULTURA NO MARKETING. Jean-Claude Usunier, autor de Marketing Across Cultures disponibiliza uma longa lista de recursos relacionados com cada um dos capítulos do seu livro.

TECHNOENTREPRENEURSHIP. O número de Janeiro de 2004 do Journal of Business Venturing (volume 19, número 1) é dedicado ao empreendedorismo de base tecnológica.

PESQUISA EM GESTÃO. Saiu há dias Business Research Methods da autoria de Alan Bryman e Emma Bell, uma boa fonte de trabalho para investigadores em gestão. A edição é da prestigiada Oxford University Press.

MCKINSEY LÍDER. Está disponível mais uma colectânea de artigos da Mckinsey Quarterly. Neste caso, o tema é liderança e além de quatro artigos da revista, inclui também quatro outros textos da Knowledge@Wharton.

BLOGUE. O que é um blogue? Esta é a questão colocada por Debbie Weil, em artigo intitulado Top 20 Definitions of Blogging, saído na MarketingProfs. Já agora aqui ficam as respostas: "1. A form of unedited, authentic self-expression; 2. An instant publishing tool; 3. An online journal with freshly updated content; 4. Amateur journalism; 5. Something that will revolutionize the Web; 6. A way to create community with your voters, er... readers; 7. An alternative to mainstream media; 8. A tool to teach students how to write; 9. A new way to communicate with customers; 10. A new form of knowledge management inside big companies; 11. A way for a bunch of navel-gazers to communicate with one another; 12. Something to keep you occupied when you’re unemployed; 13. A way to think and write in short paragraphs instead of a long essay; 14. Your email to everyone; 15. A silly word that’s fun to say; 16. A way of writing with a distinct voice and personality; 17. Something to talk about at cocktail parties; 18. A URL to add to your resume; 19. Something else to do with your mobile phone; 20. Something you don’t want your mother to read."

T2: COMUNICAR. Decisões chave para comunicar com eficiência e eficácia: identificar a audiência-alvo; determinar os objectivos da comunicação; preparar a mensagem; seleccionar o canal de comunicação; estabelecer o orçamento; decidir o composto da comunicação; avaliar os resultados.

2003-12-12

INFORMAÇÃO E COMPETITIVIDADE
Por Vasco Eiriz

Num contexto competitivo em que os factores intangíveis da competitividade adquirem uma importância crescente, tem sido destacado o papel da informação como elemento omnipresente na estratégia de uma organização. É através dela que a organização se relaciona com o seu ambiente, interpreta as necessidades e características do mercado, adquire conhecimentos, fomenta competências e publicita a sua oferta.

A informação pode constituir-se assim como um recurso precioso ao serviço duma organização. Compete ao sistema de informação da organização gerir esse recurso, identificando os dados necessários, procurando fontes de recolha de dados, recolhendo e tratando dados e utilizando e arquivando informação com proveito para a organização.

De acordo com Kotler, um dos autores mais populares de marketing, “um sistema de informação de marketing (SIM) pode ser definido como uma estrutura interactiva, contínua e orientada para o futuro, constituída por pessoas, equipamentos e procedimentos desenhados para gerir e processar um fluxo de informação de modo a ajudar o processo de tomada de decisões, na formulação do plano de marketing da empresa”.

A arquitectura de um SIM deve partir da ideia que os negócios se desenvolvem em dois palcos completamente distintos, mas complementares. Num dos palcos, as organizações movem-se num mundo de recursos físicos, tangíveis. No outro palco, os gestores actuam num mundo virtual, constituído por informação. Nestes dois mundos, os processos de criação de valor são diferentes.

Cada vez mais, o sucesso depende da capacidade que as organizações tenham em conjugar o melhor dos dois mundos. Ou seja, a informação surge como uma nova seiva que corre no corpo das operações clássicas de aprovisionamentos, produção e distribuição.

Na era digital em que vivemos, a base competitiva dos negócios e indústrias evoluiu de um mundo exclusivamente físico para um outro em que este aparece inapelavelmente associado a um contexto de concorrência feita no palco virtual, ainda que bem real.

A informação é hoje um dos principais factores de competitividade. Permite, por um lado, ganhos de eficiência operacional e eficácia no alcance de objectivos, da mesma forma que altera as bases da concorrência em muitas indústrias. A forma como a informação é gerida e utilizada pela organização provoca alterações nas forças competitivas que moldam a rentabilidade duma indústria.

As relações com clientes, fornecedores e concorrentes evoluem de um contexto de trocas discretas para um contexto de interactividade permanente, a convergência tecnológica desenvolve novas necessidades e produtos substitutos, a ameaça de novos concorrentes intensifica-se e as fronteiras organizacionais tornam-se difusas.

Se bem que o advento da informação como recurso estratégico lance novos desafios e ameaças às organizações estruturadas de acordo com modelos clássicos, é também verdade que muitas outras têm utilizado inteligentemente esse recurso para se posicionarem no mercado.

À informação tem sido conferido o papel de elemento de suporte e apoio aos processos físicos da organização. A criação de valor através da informação requer não só o seu apoio às actividades da organização, mas também o desenvolvimento de processos virtuais.

O SIM surge como o meio de que a organização dispõe para criar valor, utilizando informação que possibilite a integração dos processo físicos e dos processos virtuais. Ao SIM cabe a recolha, organização, selecção, síntese e distribuição da informação. Ou seja, a informação tem o mesmo tratamento que é dado a um processo industrial de transformação de matérias primas em produtos acabados.

Referência original: Eiriz, Vasco (2003), "Competitividade", Jornal de Notícias (24 de Novembro), p. 17 (em colaboração com a Ordem dos Economistas)

OS OPTIMISTAS. Aos interessados no mercado de capitais e investidores aqui fica uma sugestão de leitura com um título provocador: Triumph of the Optimists: 101 Years of Global Investment Returns da autoria de Elroy Dimson, Paul Marsh, e Mike Staunton, saído na Princeton University Press. O problema para os investidores em títulos portugueses é se têm que esperar 101 anos por ganhos. A esperança é a última a morrer.

ENSAIOS DE TEECE. Foi publicada recentemente uma colectânea de artigos de David J. Teece. Intitulado Essays in Technology and Policy: Selected Papers of David J Teece, a colectânea apresenta-se com a preocupação de "examinar a forma como as empresas de sucesso desenvolvem, transferem, protegem e capturam valor a partir da inovação tecnológica".

IOGURTES MAGROS. "Os Portugueses e os Iogurtes Magros" é o título duma síntese sobre o perfil do consumidor português de iogurtes magros da autoria da Marktest. Fica-se a saber, por exemplo, que "em 2002, os consumidores de Iogurtes Magros são maioritariamente do sexo feminino. Em termos de distribuição etária, estão mais presentes nas idades compreendidas entre os 35 e os 44 anos". Como será com os iogurtes com pedaços?

2003-12-11

FORMAR. Até ponto a formação universitá¡ria favorece o sucesso nos negócios? Esta é a questão de partida de um estudo realizado em Israel que conclui que menos educação é igual a maior sucesso nos negócios. Ora esta!

PLANO DE NEGÓCIOS. Aquele que é provavelmente o "top journal" de gestão estratégica inclui como artigo de abertura do seu número de Dezembro de 2003 um texto em que um dos tópicos mais prementes da área volta a merecer reflexão. O título do artigo é simples - "Does business planning facilitate the development of new ventures?" - e aparece nas páginas 1165-1185 do volume 24, número 12 do Strategic Management Journal, sendo da autoria de Frédéric Delmar e Scott Shane. A principal conclusão é também evidente: "Many prior researchers have criticized business planning, arguing that it interferes with the efforts of firm founders to undertake more valuable actions to develop their fledgling enterprises. In this paper, we challenge this negative view of business planning, arguing that business planning is an important precursor to action in new ventures. By helping firm founders to make decisions, to balance resource supply and demand, and to turn abstract goals into concrete operational steps, business planning reduces the likelihood of venture disbanding and accelerates product development and venture organizing activity. Empirically, we examine 223 new ventures initiated in the first 9 months of 1998 by a random sample of Swedish firm founders and provide support for our hypotheses."

2003-12-10

INOVAÇÃO RENTÁVEL. Está já disponível a segunda edição de Innovation Management da autoria de Allan Afuah. O autor é professor na Michigan Business School e a edição, saída neste ano de 2003, possui chancela da Oxford University Press. Além dos fundamentos do tema, o livro destaca aspectos sobre estratégia, implementação e globalização, tópicos relevantes para a gestão da inovação. Numa matéria tão delicada e crucial nos dias de hoje, não pode deixar de se realçar o subtítulo da obra – "strategies, implementation, and profits" –, particularmente a referência a "profits", objectivo que não raras vezes é pouco tido em consideração em projectos de inovação. Entretanto, acaba de ser publicado pela Direcção Geral da Empresa da Comissão Europeia o documento European Innovation Scorecard 2003. Trata-se já da quarta edição, iniciada depois da proclamada "agenda de Lisboa" (lembram-se?), em que são apresentados indicadores e tendências no domínio da inovação por país. Numa rápida consulta do índice de inovação por país deu para perceber que existe um país, identificado por PT, que só não fica em último lugar porque existe um outro – identificado por EL – que consegue estar atrás. Faz lembrar a equipa turca que eliminou o Sporting: a gente nunca mais vai esquecer o resultado, mas o nome da equipa ninguém sabe dizer.

Caso
BALÃOMANIA - UM PROJECTO EMPREENDEDOR DE SUCESSO
Por Ana Alexandra Silva

A empresa Balãomania baseia a sua oferta em produtos e serviços relacionados com balões. Ao nível dos produtos oferece balões (que variam em função da cor, tamanho, motivos, mensagens, desenhos, textura, peso, forma e balões personalizados); equipamentos para encher balões (como, por exemplo, mini compressores de encher balões e bombas de enchimento para balões de modelar); "sticks" plásticos para as crianças segurarem os balões e aditivos para aumentar a durabilidade dos mesmos. No que diz respeito a serviços, apresenta um leque alargado de oferta relativo a decorações de festas e espaços (como festas de casamento, festas de Natal, inauguração de postos de abastecimento de gasolina e abertura de centros comerciais), e animação com largadas e quedas de balões e animação de campanhas publicitárias.

Apresentando a oferta descrita, a empresa Balãomania "não está vocacionada para a venda ao público, mas sim para a distribuição, revenda e prestação de serviços", considerando como mercado o país inteiro, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Desta forma não aborda directamente o mercado final de clientes particulares na venda dos seus produtos, estabelecendo como potenciais clientes empresas retalhistas, que vendem produtos de animação circense (como poderá ser, por exemplo, a empresa Circos) - funcionando como revendedor; empresas do ramo da animação de eventos (sendo distribuidor, vendendo os materiais relacionados com balões) ou prestando serviços.

Este negócio parece surgir como um negócio bastante atractivo pela análise de algumas variáveis a seguir identificadas. No que diz respeito à probabilidade de sobrevivência do negócio, considero que seja elevada por ser uma grande empresa, já perfeitamente instalada num mercado em expansão (com uma carteira superior a 1500 clientes). É uma empresa com um nome já identificado pelo mercado e, que, apostando fortemente na qualidade, poderá orientar o seu esforço para a fidelização de clientes.

Quanto ao potencial de resultados, considero que seja elevado pelo facto de se verificar uma tentativa de minimização de custos fixos (por exemplo, ao nível dos recursos humanos) e uma aposta na prestação de serviços em que os clientes surgem como pouco sensíveis ao preço, permitindo margens relativamente elevadas pelo confronto das receitas com os custos. Na realidade, o mercado em que esta empresa opera surge como pouco sensível ao preço e mais sensível à qualidade.

Com uma aposta na qualidade pode conseguir uma fidelização dos clientes baseada neste factor e não em preços baixos, conseguindo elevadas margens de resultados. Esta aposta na qualidade está presente na pesquisa de mercado para encontrar os melhores fornecedores do Mundo ao nível das matérias primas (balões), equipamento e máquinas para encher balões. A questão da qualidade, surge também como uma forma de protecção da concorrência, que deverá basear-se na busca e garantia da qualidade e respeito pelo ambiente (através do uso de balões biodegradáveis, tintas naturais e a não utilização de químicos). Esta situação surge num mercado emergente, em que muitas empresas surgem a prestar o mesmo tipo de serviços e em que a diferenciação tem que ser feita com base na qualidade, e na originalidade da oferta.

No que diz respeito à minimização de custos, parece estar presente uma gestão dos recursos baseada numa aposta pela flexibilidade, nomeadamente ao nível dos recursos humanos. Como, por exemplo, quando na Madeira para a inauguração do aeroporto do Funchal a Balãomania contratou cinco pessoas locais; e quando no Estádio da Luz contratou cem pessoas durante oito horas.

A Balãomania, na minha opinião, parece apresentar um elevado potencial de crescimento, uma vez que tem recebido uma boa aceitação por parte do mercado e, em sete anos, "não tem parado crescer". O sucesso da Balãomania, na minha opinião, terá ficado a dever-se ao facto de ter surgido com uma ideia inovadora e original num mercado, muito recente (ou na altura quase inexistente). Uma ideia capaz de ser implementada com um investimento reduzido acessível a dois estudantes.

Para esta análise procurou-se estudar a página na internet da empresa (www.balaomania.com), o que se demonstrou impossível por esta página se encontrar ainda indisponível. Procurou-se, então, enviar um e-mail de forma a conseguir obter informações mais pormenorizadas contactando directamente a empresa. Contudo, até à data de realização do trabalho não se conseguiu obter qualquer resposta. Desta forma, a análise desenvolvida baseou-se na leitura do artigo publicado no Diário de Notícias, secção de Emprego, em 7 de Junho de 2003, sob o título "A vida é uma festa" e em informação já recolhida e conhecimentos adquiridos no âmbito da criação de uma empresa de animação e decoração de eventos. Outras fontes consultadas: www.paginasamarelas.pt; www.rnpc.pt; www.balaobalao.pt; www.circos.pt.to; www.balonia.pt; www.alainbaloes.com .

Ana Alexandra Silva é aluna da disciplina de Empreendedorismo da Licenciatura em Gestão da Universidade do Minho, no âmbito da qual elaborou este caso. Próximo caso: CoffeNews.

2003-12-09

IOIO 2004. O 11º Congresso da APDIO - Associação Portuguesa de Investigação Operacional vai decorrer na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto entre 4 e 7 de Abril de 2004. A data limite para a submissão das comunicações é o último dia de 2003. Logo na página de abertura do sítio na www há a preocupação, natural e legímita nesta área de investigação, com a optimização do caminho para chegar ao local do evento. "Como chegar à FEUP? Se chegar ao Porto de comboio (Estação de Campanhã), será melhor apanhar um táxi. O preço ronda os 8 euros. Se vier de carro do Sul, pela autoestrada A1, escolha as indicações "Arrábida" para atravessar a ponte da Arrábida. Entrará na Via de Cintura Interna (VCI). Escolha a saída que indica "Hospital de S. João"."

2003-12-08

INÍCIO DE CARREIRA. A jornalista entrevista um famoso deputado: "O senhor pode nos dizer como começou a sua carreira de político?". "Ah! Foi logo na infância... eu ainda estudava no primário... ", responde o deputado. "No primário?", espantou-se a jornalista. "Sim! Um dia o meu pai chamou-me e disse: "Filho, a partir de hoje vou dar-te 1000 escudos toda as vezes que tirares uma nota maior que 7." Então, eu fui ter com a minha professora e disse: "Dona Clotilde, a senhora não gostaria de ganhar 500 escudos de vez em quando?"

2003-12-05

CORTEFIEL COM OLHOS EM BICO. Será que a China é somente uma ameaça para os têxteis? A resposta é dada pelos espanhóis da Cortefiel que, através duma parceira com um grupo local, planeia abrir 200 lojas na China durante os próximos cinco anos.

TOYOTAS APAIXONAM-SE. Serão os automóveis objectos em que o motor, eficência, desempenho, consumo, e preço são a sua essência ou, serão, antes objectos com alma, paixão e estilo? Ao que parece a Toyota percebeu que a segunda parte da equação não é menos importante do que a primeira. De acordo com a American Marketing Association, a empresa japonesa percebeu isso e está a americanizar-se: "Although Toyota has long been recognized as the most proficient auto manufacturer--the one with the stingy cost base and the highly disciplined operations--its engineering-dominated culture has squeezed the creativity out of its car designs. Enthusiasts say that despite their vaunted efficiency, Toyota cars and trucks don't have soul. If the company can transform its design process to make the style of its vehicles as compelling as their value, life becomes immeasurably more difficult for every other automaker. This preoccupation with style is part of a broader change working its way through the world's third-largest automaker." Veja aqui o resto do argumento.

ESTRATÉGIA DA PACIÊNCIA. Como em quase tudo na vida, a paciência também pode ser importante em estratégia. Mediabriefing apresenta o caso da Associated Newspapers, editora britânica do Daily Mail, entre outros, que utiliza a "estratégia da paciencia" para rentabilizar as suas operações na internet.

2003-12-04

COMPATIBILIDADE. Na gestão das organizações é fundamental que homens e mulheres sejam compatíveis. Senão veja. Uma mulher envia ao juiz um pedido de divórcio e o juiz pergunta-lhe: "A senhora tem a certeza do que está a pedir? A senhora quer o divórcio por compatibilidade de feitios? Não será o contrário?", pergunta o juíz. "Não Meritíssimo, é por compatibilidade mesmo. Eu gosto de cinema, o meu marido também! Eu gosto de ir à praia, ele também! Eu gosto de ir ao teatro, ele também! Eu gosto de homens ... e ele também!!"

PLANOS COM SAÚDE, SÁUDE PARA OS PLANOS. A Accenture avaliou o desempenho de vários planos de saúde e procurou explicar o que justifica os melhores desempenhos. Veja aqui as dicas.

ESCOLA ASIÁTICA. A formação superior em gestão no mundo está a mudar. Em artigo intitulado "The Rise of Asia", John J. Fernandes, Presidente e CEO da AACSB International - The Association to Advance Collegiate Schools of Business, ajuda a compreender porquê.

TICs NA EDUCAÇÃO. Em Badajoz não se compram só caramelos. Está lá a decorrer a Second International Conference on Multimedia and Information & Communication Technologies in Education. Até depois de amanhã. Ainda não dá para apanhar o TGV mas podem lá chegar por aqui. Há três grandes tópicos em discussão: aspectos didácticos e pedagógicos, aspectos tecnológicos, e gestão do conhecimento.

2003-12-03

GESTÃO PURA. A saída de um livro de estratégia da autoria de Jorge Vasconcellos e Sá, professor do ISEG, é o tema de destaque na capa da Gestão Pura de Outubro/Novembro. Lá dentro existem muitos outros temas de interesse.

UM BALANÇO. De uma longa lista intitulada os "Best Business Books 2003" editada pela strategy+business que estranhamente inclui clássicos de outros anos, seleccionamos alguns títulos onde predomina o tema da inovação, mas onde também há lugar para a ética e história dos negócios.

Competitive Solutions: The Strategist’s Toolkit
by R. Preston McAfee
(Princeton University Press, 2002)

How to Grow When Markets Don’t
by Adrian Slywotzky and Richard Wise with Karl Weber
(Warner Business Books, 2003)

The Innovator’s Solution: Creating and Sustaining Successful Growth
by Clayton M. Christensen and Michael E. Raynor
(Harvard Business School Press, 2003)

How Breakthroughs Happen: The Surprising Truth About How Companies Innovate
by Andrew Hargadon
(Harvard Business School Press, 2003)

Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology
by Henry Chesbrough
(Harvard Business School Press, 2003)

The Slow Pace of Fast Change: Bringing Innovations to Market in a Connected World
by Bhaskar Chakravorti
(Harvard Business School Press, 2003)

Empire: The Rise and Demise of the British World Order and the Lessons for Global Power
by Niall Ferguson
(Basic Books, 2003)

One World: The Ethics of Globalization
by Peter Singer
(Yale University Press, 2002)

Wheels for the World: Henry Ford, His Company, and a Century of Progress, 1903-2003
by Douglas Brinkley
(Viking Penguin, 2003)

ESTRATÉGIA EXISTENCIAL. O existencialismo da estratégia é o objecto de um artigo intitulado "What Strategists Can Learn from Sartre" da autoria de James Ogilvy agora publicado na strategy+business. O autor, consultor que tem escrito sobre cenários, nomeadamente Creating Better Futures: Scenario Planning as a Tool for a Better Tomorrow ( em co-autoria com Peter Schwartz) e China’s Futures: Scenarios for the Fastest Growing Economy, Ecology, and Society , advoga que "in an uncertain world where competitive advantage is insecure, setting strategy must become an existential exercise."

2003-12-02

CASOS DE EMPREENDEDORISMO. Na sequência da realização de casos curtos de empreendedorimo na disciplina com o mesmo nome da Licenciatura em Gestão da Universidade do Minho, serão aqui publicados brevemente alguns desses trabalhos.

FLORESTA. A floresta portuguesa foi dos temas mais debatidos em 2003. Fica aqui uma informação útil ao debate: "In May 2003 more than two hundred forestry researchers, foresters and manufacturers of forest machinery met at the Forest Engineering Conference held in Vdxjv, Sweden. The participants, from all over the world, discussed future technology and logistics in the forest industry. One of the main issues was also to promote cooperation between research Proceedings. The subjects considered both by papers and posters dealt with the following main topics: Techniques and methods; Raw materials utilization; Decision support systems/tools; Organization/HRM. Conference proceedings are available for order on CD, please e-mail to Mrs. Inger Petri, inger.petre@skogforsk.se."

MERCADOS COMPARADOS. O Lidl promove já na quinta-feira, 4, o seguinte carregador de pilhas: "Carregamento Ultra-rápido, de 1 a 3 horas! Com adaptador para corrente eléctrica e isqueiro do carro; Inclui 8 pilhas AA(NiMH); Indicado para pilhas AA e AAA, NiMH e NiCD." Custa 24,99 euros. O mesmo produto em lojas da rede espanhola do mesmo distribuidor será colocado à venda por 19,99 euros! Isto é só um exemplo, porque em grande parte dos produtos acontece o mesmo. Nem o euro nos vale.
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